sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Jardineira Veículos


Mais luz à história do antigomobilismo brasileiro.

São fotos da "Jardineira Veículos" que se não a primeira, foi a maior e mais expressiva loja especializada em veículos antigos durante os anos oitenta, cujo o pioneiro foi Assadur Mekhitarian.

Tinha uma excelente localização e amplas acomodações na Av. dos Bandeirantes, número 1.001 em São Paulo-SP.

A Jardineira ficava aberta de segunda à sábado até as 20:00 horas... Era um verdadeiro museu e passagem obrigatória a qualquer interessado em carros antigos, o que fez da Jardineira Veículos uma referência nacional.
Em sua propaganda na época, diziam: "você será um dos privilegiados em investir num artigo à salvo da maxidesvalorização" -contextualize isso nos anos oitenta. Evidentemente que o preço dos automóveis não eram tão diferente daquilo que se pratica hoje em dia, ou talvez fossem até mais caros!

Essas fotos foram enviadas pelo Carlos Eduardo Wahrlich, o Tato, que as fez em uma visita à loja em 1982.
Nas primeiras fotos, Isotta-Fraschini.
Abaixo, um Cord L-29 conversível.

Um belo carro: Chrysler Imperial 1954.
Acima, Cadillac Cupê DeVille 1954.
Abaixo, Thunderbird 1959.
Abaixo, um caso emblemático dos excessos estilísticos do fim dos anos cinquenta, o Oldsmobile 1958!
Abaixo, outras fotos da Jardineira Veículos, mas já em 1987.
Ford Thunderbird 1957.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Concessionária Ford Guido Cé em Encantado-RS

Nas duas fotos acima, o "Estabelecimento de Guido Cé" em duas épocas.

-Na primeira foto, os "produtos" do show-room estão à mostra. Na primeira porta à direita está um Ford 1940, o mais novo e provavelmente o ano da foto! Na segunda porta, está um Ford 1937 -parece que também está sem placas. Nas outras duas portas são caminhões da Ford. A bomba de gasolina está na calçada! As placas, o letreiro e o próprio prédio sempre são de uma incrível riqueza de informações para serem admiradas.

-Já na segunda foto acima, o mesmo prédio, porém alguns anos depois. A grande diferença é o pavimento superior, antes inexistente. Os letreiros foram mudados mas a bomba de gasolina continua ali na calçada. Nota-se que o prédio anexo na parte do fundo continuou igual e o terreno lá atrás, nessa segunda imagem já é ocupado por uma construção. Ah, claro... o carro OKm que aparece enfeitando esse magnífico cenário é um Mércury 1946, o mesmo que aparece nas fotos internas do show-room.

Guido Cé era o concessionário (agente) Ford na cidade de Encantado-RS. A empresa começou como a "Logmann & Martini" em 1924 (vejam o post abaixo com o Trator Fordson ) e em 1937 transformou-se em "Cia. de Automóveis Guido Cé" e assim veio até 1998.

Abaixo, fotos do show-room da concessionária. O destaque é a "picape Ford" destinada à construção de uma woodie. A venda do chassis dessa forma era bastante comum, daí a carroceria em madeira era feita por um construtor/marceneiro independente.

Junto ao utilitário está um Mércury e, está com algum escudo não identificável na grade, sem pneus faixa-branca e com um parachoque que eu estou achando bastante estranho!
O destaque são os carros, mas todo o ambiente é formidável!
Pose junto ao Mércury 1946 zero quilômetro!

Abaixo, foto promocional com um baita ornamento!
É uma bola de cristal sobre uma mesa com a miniatura de um Ford 1946 dentro, e com o cartaz atrás interagindo com o globo e dizendo "Há um Ford em seu futuro".
E o futuro era o pós II guerra! Seria incrível se isso ainda existisse, uma memorabilia cobiçadíssima!

Mais uma linda foto do show-room, agora com dois automóveis Ford (um com pneu faixa-branca) e um chassis utilitário Ford.
Na foto abaixo, um Mércury 1948 vendido pela empresa. Farois de milha e placa de Encantado-RS.
Essas valiosas e inéditas fotos vem a compor a nossa riquíssima história do automóvel no Brasil.
Elas foram enviadas pelo Navarro Heitor Zonta que graças a sua amizade com Amilcar Cé, filho do Sr. Jordano Cé, conseguiu trazer para nossa admiração esses automóveis OKm, mas fabricados há mais de 60 anos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CINCO MITOS SOBRE AUTOMÓVEIS ANTIGOS BRASILEIROS

Graças à dinâmica da internet e à colaboração dos leitores, tem sido possível desfazer alguns enganos que costumam induzir ao erro quem tende a se fiar nos registros "oficiais" sobre a indústria automotiva nacional - confesso ter incorrido em todos eles. Eis alguns que já foram discutidos por aqui:

1 - O Fusca nacional começou a ser produzido em 1959.

Os folhetos de propaganda da época exaltavam as vantagens do então novo Volkswagen 1959 brasileiro em relação do alemão, especialmente o novo volante tipo cálice, mas o testemunho de quem viveu a época aponta que, até 1960, o Fusca era apenas montado por aqui e que a fabricação, de fato, se deu a partir daquele ano, com chassis ainda importados (fonte: Zullino, Dario Faria e AGB, em comentários no blog).

2 - A Willys cogitou produzir o Interlagos II com mecânica do Renault R8.
Apesar de ter até sido apresentado no salão do automóvel, nunca se cogitou a produção em série do equivalente ao Alpine A-110 francês por aqui. A Willys apenas colocou uma mecânica R8 em um Interlagos "tunado" para uso pessoal do seu presidente (fonte: Zullino, em comentário no blog).
3 - O Ibap Democrata tinha tudo para superar seus concorrentes, por isso as montadoras já instaladas por aqui boicotaram o empreendimento.
O Democrata era inviável como produto industrial de larga escala. Carroceria de fibra de vidro e mecânica complexa da escola italiana estavam mais adequados e grandes - e caríssimos - esportivos (fonte: Zullino e M, comentando no blog).

4 - O Dodge Dart era cópia do modelo equivalente norte-americano.
Na aparência eram idênticos, mas o nacional trazia um diferencial muito mais pesado do que o original, o que comprometia o comportamento dinâmico do carro (fonte: Zullino, em comentário no blog).

5 - Não é possível saber se um Diplomata Collectors é autêntico porque os números de chassis da série especial não são seqüenciados.
Todos os Opalas Diplomatas com números de chassis NNB107837 ao NNB108058 são Collectors. A confusão se deve à existência de Opalas SL, Comodoros e Caravans no intervalo, que abriga um número bem maior de unidades do que os 100 Collectors produzidos (fonte: Shibunga, em conversa por e-mail).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Chevrolet C-10 1973: 2.500Km de SP à MT

O Oscar Armando Baldoni nos envia mais essas imagens interessantíssimas de uma viagem a bordo de uma Chevrolet C-10 1973 que em 1983 partiu de São Paulo-SP rumo à Claudia, no Mato Grosso. Foram 2.500 Km percorridos, boa parte em estradas bastante precárias, mas... a aventura maior se deve ao detalhe de que a C-10 participava de uma experiência e estava adaptada para ser movida por gasogênio ao invés de gasolina!
Abaixo, ponte Teles Pires.
Parecem imagens de propagandas onde as picapes são submetidas às piores estradas e aos mais severos desafios.Bem, a bordo de uma C-10 até mesmo essa viagem deve ter sido bastante confortável.

Fonte: http://antigosverdeamarelo.blogspot.com