sexta-feira, 14 de maio de 2010

Premiados de Lindóia farão desfile no Sambódromo

Cerca de 40 veículos premiados farão parte do Auto Show Collection desta terça-feira, que ainda terá atração internacional

Por Marcos Camargo Jr.
 
Nesta terça-feira, o Auto Show Collection irá destacar dezenas de automóveis premiados no XV Encontro Paulista de Autos Antigos, realizado em Abril na cidade paulista de Águas de Lindóia.
Entre as presenças confirmadas estão o Tatraplan 1947, que recentemente destacamos no Auto Show Clássicos, um raríssimo Riley 1950, Chevrolet Impala 1963, Dodge Senior 1928 e um Plymouth 1941.
Quem gosta de carros esportivos vai delirar com o Lamborghini Urraco 1973, com suas linhas agressivas que inspiraram muitos carros de sucesso nas pistas nos anos de 1970.
O Cord 1936, eleito "The Best in Show" do encontro, irá exibir o estilo aerodinâmico, muito em voga da década de 1930.
Entre os nacionais, Galaxies, Opalas, Mavericks, uma Kombi luxo de 1974 com seis portas e um Aero Willys última série, de 1968, irão brilhar na passarela do Sambódromo do Anhembi.
 
Lee Hackman é a atração internacional
Nesta noite, o Auto Show Collection também terá a presença de Lee Hackman Breton, que irá cortar um carro ao meio diante do público presente no Sambódromo.
Hackman irá usar uma serra de 30 centímetros para separar um Monza ao meio, assim como ele já fez com dezenas de carros, casas, trens, barcos e até aviões.  Quem conseguir adivinhar o tempo que irá levar o corte do Monza concorrerá a prêmios exclusivos durante o evento.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Chevrolet Malibu chega ao Brasil em junho, diz GM

A General Motors do Brasil confirmou nesta segunda-feira (10) que venderá o Chevrolet Malibu no Brasil a partir da segunda quinzena de junho. O modelo, que já roda em testes de adaptação no país, virá apenas na versão LTZ, equipada com motor Ecotec 2,4 litros de quatro cilindros e câmbio automático/sequencial de seis velocidades, com a opção de trocas de marchas por meio de comandos no volante.
Chevrolet MalibuChevrolet Malibu tem linhas inspiradas no Corvette (Foto: Divulgação)
O modelo tem linhas inspiradas em outro ícone da marca, o Corvette. Na traseira, os dois círculos que compõem as lanternas – a posição e o espaçamento – seguiram o mesmo layout já aplicado em gerações passadas do superesportivo.
Os detalhes cromados da carroceria, como maçanetas, os frisos que acompanham a soleira das portas e a ponteira de escape dão elegância ao sedã. O sedã também é equipado com rodas de alumínio aro 18, com pneus 225/50 R18.
Chevrolet MalibuChevrolet Malibu ficará posicionado entre o Vectra e o Omega (Foto: Divulgação)
De acordo com a GM, no Brasil, o Chevrolet Malibu ficará posicionado entre o Vectra e o Omega, vindo para brigar com modelos com o Honda Accord e o Toyota Camry.
A apresentação oficial do modelo para a imprensa acontecerá entre os dias 16 e 19 de maio.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sem recall: conheça o Corolla americano

Em 1968 desembarcava nos Estados Unidos o primeiro Toyota Corolla, carro compacto de grande sucesso no Japão. Dois anos depois do seu lançamento e algumas melhorias mecânicas, o novo carro chegou discretamente para disputar o segmento de compactos. Com acabamento simples, poucos opcionais e motor quatro cilindros 1,1 litro de 60 cv, era muito pouco no país do motor V8. Mesmo assim o pequeno japonês surpreendeu com grande economia de combustível e velocidade máxima de 140 Km/h.
Seu design não agradou por conta da grade com barras verticais (parecida com os carros europeus), e a simplicidade que era visível por todo o lado nos poucos frisos, pára-choques finos e quase nenhum emblema. As vendas nos EUA eram baixas até 1970, quando a Toyota lançou um novo motor 1,2 litro de 73 cv e equipou o carro com transmissão automática: estavam no caminho certo. Já na Europa, mais de 100 mil unidades do Corolla haviam sido vendidas até 1970, e a fila de espera para adquirir o carro chegava a cinco meses em alguns países.
Em 1971, o motor passava para 1,6 litro e 102 cv, com câmbio manual de cinco marchas ou automático de três velocidades, que naturalmente era o mais vendido nos EUA. Seus maiores concorrentes eram o Plymouth Valiant e o Chevy Nova, ambos com motores de 100 cv, que custavam um pouco mais do que os US$ 1.700 do Corolla.
 
Com este preço, o Corolla mais simples já vinha com opcionais de conforto como carpetes integrais, teto revestido em tecido de boa qualidade, bancos anatômicos e reclináveis, rádio AM/FM, acendedor de cigarros, temporizador dos limpadores e desembaçador elétrico dos vidros. Outros itens de segurança completavam o carro como pneus radiais, ajuste na coluna de direção e freios a disco, sem contar os opcionais como ar-condicionado e aquecimento, câmbio automático de três velocidades e vidros e travas elétricos.
Nos testes e comparativos, os modelos americanos levavam a melhor em desempenho, mas não nos quesitos robustez e economia. Desde as primeiras versões, o Corolla parecia mesmo inquebrável, sem contar a economia: na cidade mantinha médias de 14Km/por litro e na estrada surpreendentes 18 Km/litro.
O Toyota Corolla ficaria popular mesmo a partir de 1974 com a fase mais aguda da crise do petróleo, que levou os consumidores às concessionárias em busca de carros mais econômicos. A propaganda japonesa acompanhou esse movimento e valorizava a economia do carro, a esta altura disponível nas versões cupê, sedã e perua.
A segmentação dos compactos levou a Toyota a lançar nos Estados Unidos um carro mais moderno e confortável, o Tercel, que inicialmente chegou como Corolla Tercel, posicionado entre os compactos "Premium", um segmento em ascensão. Era estratégia de marketing, pois o Tercel era um carro completamente diferente, um novo projeto, mais moderno com suspensão McPherson, tração dianteira e opcionais de segurança como freios a disco, coluna deformável em caso de impacto e vários itens de conforto.
O Corolla estreou na década de 1980 como um projeto antigo, mas ainda assim inteligente. Com motor 1,6 litro de 70 cv, era 12% mais econômico que a versão anterior. A Toyota também arriscou com as versões SR5 cupê e hatchback, que trazia melhor desempenho e segurança, e o Deluxe sedã, com revestimento em couro.
A joint venture com a General Motors nos anos 1980 permitiu à Toyota compreender melhor as expectativas do consumidor americano. Na Califórnia era fabricado o novo Corolla e o Nova (depois rebatizado de Prizm). Entre os diferenciais; carburador eletrônico, bancos e direção com ajuste, acabamento aprimorado, troca de óleo a cada 16 mil Km, troca do líquido de arrefecimento a cada 96 mil Km, vidros elétricos e nova suspensão.
 
A partir de 1984, o Corolla caiu definitivamente nas graças do consumidor nos Estados Unidos, principalmente no estado da Califórnia, mais exigente em termos de segurança e padrões de emissões. O carro também estava bem mais completo com rodas de liga leve, repetidores de seta lateral, acabamento aprimorado, conjunto elétrico e um estilo que dava ao carro a impressão de ser maior do que na verdade era. Nesta década, chegou a geração que perdurou até o final dos anos 1990 e que também marcou a entrada do Corolla no mercado brasileiro.
 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lendas do Dodge Charger R/T

Imagine a cena: as curvas sinuosas do bairro do Pacaembu, em São Paulo, na década de 1970. Em meio a escuridão das ruas, iluminadas pela pouca luz clara das residências, ouvem-se derrapadas e freadas, seguidas de acelerações vigorosas....
Nesta cena, um clássico das ruas era um dos preferidos pela moçada: o Dodge Charger R/T , uma versão esportiva e musculosa da linha Chrysler, que era desejada pelo seu motor V8 318, o mais potente disponível no Brasil. Estes carros aceleraram nas pistas, nas ruas, e até no cinema, quando Roberto Carlos gravou um filme em que acelerava o carrão pelo Autódromo de Interlagos.
Seu grande concorrente era o Maverick GT que trazia o V8 302, de 199 cv, um pouco menos que o Dodge, equipado com o V8 de 215 cv e elevado torque: 42,9 m.kgf. Por ser um carro maior e mais "solto", exigia ainda mais do piloto nas curvas acentuadas. O câmbio no assoalho permitia uma tocada mais esportiva, sem contar o visual recheado de frisos, combinações de alumínio com madeira no acabamento e rodas cromadas.
O Road and Track era visto sempre nas principais ruas e avenidas da cidade. Claro, guiado por um feliz proprietário afoito por sua aceleração vigorosa, fosse na Rua Augusta, no Pacaembu ou pelas recém inauguradas pistas expressas como as Marginais e a Av. 23 de Maio. Com tanto vigor e potência, os Dodges nunca eram alcançados pela polícia que usava o Fusca como viatura. Em tempos onde não havia radar e a fiscalização era precária, as madrugadas motivavam os rachas com carrões envenenados.
Nestes circuitos improvisados, disputavam os nacionais Maverick e todos os Dodges, não só o Charger, alguns Opalas, e modelos importados que na época eram encontrados com grande facilidade e a preços convidativos como Pontiac GTO, Mercury Cougar, Chevrolet Camaro entre outros.
O Dodge Charger R/T nacional era mais simples que o modelo americano, que chegou em 1966 para concorrer com esportivos de alta categoria. Seus diferenciais eram, além das modificações no motor, o pacote completo de acessórios como o console central, bancos individuais, câmbio no assoalho, sem contar as faixas pretas, o farol escondido sob a grade, as "rabetas" alongadas, o teto de vinil e as rodas diferenciadas.
Sempre presente no Auto Show Collection, o Dodge Charger R/T exibe cores típicas de um esportivo dos anos 1970: amarelo, vermelho, verde, azul... pois sobriedade e discrição definitivamente nunca foram o seu forte.
Os Dodges escreveram às pressas sua trajetória no mercado brasileiro. Por conta da crise do petróleo e a aquisição pela Volkswagen, a linha Chrysler deixou o mercado brasileiro em 1980, e com ela, o sonho de todos os brasileiros em possuir um verdadeiro muscle car na garagem.